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Prótese de Silicone Rompida: O Que Devo Fazer?

Prótese de silicone rompida deve ser trocada. A cirurgia de implante de mama é a cirurgia estética mais realizada no mundo, como apontam os dados de uma pesquisa realizada recentemente pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), que contabilizou 1.677.320 procedimentos realizados em 2017.

Os dados da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASAPS) também revelaram que a cirurgia de aumento das mamas com prótese de silicone foi a mais realizada nos Estados Unidos (EUA) em 2017, totalizando 333.392 procedimentos. O número corresponde a um crescimento de quase 7% em relação ao ano anterior.

Devo Fazer um Acompanhamento das minhas Próteses?

Os implantes de mama foram criados em 1960 e já estão em sua quinta geração. Atualmente, possuem um invólucro de silicone mais resistente e gel de silicone mais coeso (consistente) para evitar vazamento.

No Brasil não existe nenhum protocolo de acompanhando das mulheres com implantes de silicone, mas é coerente realizar uma avaliação médica anual com seu cirurgião plástico, o qual irá solicitar exames de imagem conforme a avaliação clínica.

Já nos EUA, o FDA (Food and Drug Administration) recomenda uma avalição com Ressonância Nuclear Magnética (RM) após três anos da colocação da prótese e depois a cada dois anos.

Estudos recentes realizados por duas grandes empresas fabricantes de implantes de silicone, que produzem implantes modernos com gel de silicone de alta coesividade, apontam uma taxa de ruptura em 10 anos, avaliada por RM de 9% e 9,3%  respectivamente.

Prótese de Silicone Rompida: Como Saber?

A maioria dos pacientes não apresentam qualquer sintoma ou sinal clínico quando o seu implante está rompido, sendo considerada uma ruptura “silenciosa”. Os pacientes sintomáticos podem apresentar contratura capsular, nódulo/massa na mama ou alteração no formato ou firmeza da mama.

A confirmação do diagnóstico pode ser feita pela ecografia, quando realizada por um ecografista experiente em imagem de mama. Contudo, o exame “padrão ouro” é a RM, que diagnostica mais de 90% dos implantes rompidos.

Quais São os Tipos de Ruptura?

A ruptura da prótese pode ser intra-capsular (contida na cápsula fibrosa) ou extra-capsular (com o silicone se espalhando para o tecido mamário e eventualmente para os linfonodos que drenam as mamas).

A ruptura intra-capsular não causa nenhum problema de saúde, já a ruptura extra-capsular pode cursar com granulomas de silicone (siliconoma) tanto no parênquima mamário como nos linfonodos.

Quando sintomáticos, estes siliconomas devem ser retirados por cirurgia. Além disso, sempre que uma prótese de silicone for diagnosticada como rompida, ela deve ser trocada. Deve ser retirada a prótese, assim como o gel de silicone livre e a cápsula ao redor do implante.

Se a paciente desejar, pode ser colocado um novo implante de silicone na grande maioria dos casos.

Próteses PIP/ROFIL: Cuidado!

As próteses da empresa PIP (Poly Implants Prosthèse) eram produzidas na França e ganharam popularidade no ano de 2001.

Em 2010, estas próteses pararam de ser produzidas, uma vez que o órgão regulador Francês (AFSSAPS) revelou que as próteses PIP continham um silicone de grau-não-médico com fórmula diferente da original, que havia sido registrada e autorizada para uso em 2001, época em que a empresa foi criada.

Devido a elevada taxa de ruptura destes implantes, em 2010 o órgão regulador Francês recomendou que todas as mulheres com prótese PIP deveriam trocar suas próteses como medida preventiva.

O número estimado de mulheres ao redor do mundo que realizaram mamoplastia de aumento com implantes PIP, até o ano de 2010, é de 400 mil.

Também em 2010, os implantes PIP foram proibidos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e retirados de circulação no Brasil. Até vigorar a proibição, entretanto, o Brasil já havia importado 34.631 unidades da marca, das quais 24.534 foram comercializadas.

Pacientes que ainda possuem prótese PIP devem trocá-las, planejando sua cirurgia junto ao seu cirurgião plástico.

Afinal, por que permanecer com uma prótese que pode romper-se a qualquer momento e colocar em risco a sua saúde?

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