A cirurgia de prótese de silicone é a cirurgia estética mais realizada no mundo, como apontam os dados da pesquisa recente da ISAPS (Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética). Em 2018, foram realizadas 1.862.506 cirurgias ao redor do mundo. No Brasil, foram realizados 275.283 procedimentos de mamoplastia de aumento no mesmo ano, ficando atrás apenas dos Estados Unidos (EUA) em número absoluto de procedimentos.
Os implantes de mama foram criados na década de sessenta e já estão em sua quinta geração. Atualmente, possuem uma camada externa de silicone mais resistente, além do gel de silicone ser mais coeso (consistente) para evitar vazamento.
Riscos do Rompimento da Prótese de Silicone: Acompanhamento
No Brasil não existe protocolo de acompanhando das mulheres com implantes de silicone, mas é adequado realizar uma avaliação médica anual com seu cirurgião plástico, o qual irá solicitar exames de imagem conforme sua avaliação. Já nos EUA, o FDA (Food and Drug Administration), recomenda uma avaliação com Ressonância Nuclear Magnética (RM) 3 anos após a colocação da prótese e, a partir daí, a cada dois anos.
Estudos recentes realizados por duas grandes empresas fabricantes de implantes de silicone, que produzem implantes modernos com gel de silicone de alta coesividade, apontam uma taxa de ruptura em 10 anos avaliada por RM em torno de 9%.
Rompimento da Prótese de Silicone: Sintomas
A maioria dos pacientes não apresentam qualquer sintoma ou sinal clínico quando o seu implante está rompido, sendo considerada uma ruptura “silenciosa”. Os pacientes sintomáticos podem apresentar contratura capsular, nódulo/massa na mama ou alteração no formato ou firmeza da mama.
A confirmação do diagnóstico pode ser feita pela ecografia, quando realizada por um ecografista experiente em imagem de mama. Contudo, o exame “padrão ouro” é a RM, que diagnostica mais de 90% dos implantes rompidos.
Rompimento da Prótese de Silicone: Como É a Ruptura da Prótese
A ruptura da prótese pode ser intra-capsular (contida na cápsula fibrosa) ou extra-capsular (com o silicone se espalhando para o tecido mamário e, as vezes, para os linfonodos que drenam as mamas). A ruptura intra-capsular não causa nenhum problema de saúde, já a ruptura extra-capsular pode cursar com granulomas de silicone (siliconoma) tanto no parênquima mamário como nos linfonodos. Quando sintomáticos, estes siliconomas devem ser retirados por cirurgia.
Sempre que uma prótese de silicone for diagnosticada como rompida, ela deve ser removida. Deve ser retirada a prótese, assim como o gel de silicone livre e a cápsula ao redor do implante (cápsula fibrosa). Quando o paciente desejar, pode ser colocado um novo implante de silicone na mesma cirurgia.
PIP/ROFIL
As próteses da empresa PIP (Poly Implants Prosthèse) eram produzidas na França e ganharam popularidade no ano de 2001. Em 2010, estas próteses pararam de ser produzidas, uma vez que o órgão regulador Francês (AFSSAPS) revelou que as próteses PIP continham um silicone de grau-não-médico com fórmula diferente da original que havia sido registrada e autorizada para uso em 2001, época em que a empresa foi criada.
Devido a elevada taxa de ruptura destes implantes, em 2010, o órgão regulador Francês recomendou que todas mulheres com prótese PIP deveriam trocar suas próteses como medida preventiva. É estimado que ao redor de 400.000 mulheres ao redor do mundo realizaram mamoplastia de aumento com implantes PIP até o ano de 2010.
No mesmo ano de 2010, foram proibidas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e retiradas de circulação também no Brasil.
Até vigorar a proibição, entretanto, o Brasil já havia importado 34.631 unidades da marca, das quais 24.534 foram comercializadas. Pacientes que ainda possuem prótese PIP devem trocá-las, planejando sua cirurgia junto ao seu cirurgião plástico.
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